Eu já vivi andando de-déu-em-déu,já me
vestiram de palhaço, chamaram-me de
tabaréu, eu sei que sou rústico, sou
roceiro e caipira, já fizeram de tudo
ate
pisar na minha ferida, sou alegre e sou
triste, procuro andar na linha mais
nunca
pelo trilho, sou um caboclo sadio mais
também sou dolorido, sou chato e
atentado sem nunca perder o brio,
passei
por constrangimento e por pouco não
quento, levo na esportiva para não me
dar
mal, pode zombar se quiser desse velho
capiau, ainda na minha estrada que ando
aqui e acolá, já mim chamaram de coisa
que não posso nem falar, não sei prevê o
futuro, mais posso imaginar certamente
tem alguém, que ainda vai querer
debochar,
para ser franco não me importarei, é
assim
que sou e assim serei. Agradeço a você
por
sua amizade sincera, a certeza dessa vida
é
que a morte nos acerca, vou seguindo meu
caminho, andando é morando ao léu, na
esperança que um dia, esse caburé deixa
de ser tabaréu!!!
Roberto C Encarnação